
Dia
Saímos pela manhã para Santa Cruz, a capital de Tenerife onde fomos tratar das autorizações para a subida ao Teide (no Escritório do Parque Nacional) e reservar a pernoita no refúgio Altavista (no Governo de Canárias). Tudo tratado, partimos em direcção ao maciço de Anaga na expectativa de descobrir e comparar a floresta Laurissilva com a que conhecemos na Madeira. Antes passamos por uma bonita e funcional praia artificial de areia amarela, a Playa de las Teresitas.
Quando subíamos em direcção ao Pico del Inglês (1024m), assistimos a uma brusca mudança de vegetação, surgindo as espécies características da Laurissilva.
Já no Monte de las Mercedes, paramos e fomos observar uma belíssima panorâmica sobre a floresta, a povoação de La Laguna e o sempre imponente Teide.
Aqui aproveitamos para fazer uma pequena incursão na floresta e constatamos uma grande variedade de espécies arbóreas, muitos fetos e líquenes.
De seguida fomos em direcção ao Parque Nacional de las Cañadas del Teide, onde iniciamos a subida ao Pico Teide.
O frio fez acelerar o ritmo e rapidamente chegamos à Rambleta a 3550 metros de altitude, onde está a estação final do teleférico, a partir deste local faltavam 168 metros de altitude a vencer. O trilho para o cume estava mais exposto e o vento cada vez mais forte e carregado de poeiras, o que dificultava a progressão.
Chegamos ao topo era 6h50, tiramos a foto da praxe ainda de noite e rapidamente montamos bivaque um pouco abaixo, pois o vento estava fortíssimo e só com muita dificuldade conseguíamos manter-nos em pé e com os olhos abertos.
Esperamos quase uma hora enrolados nos sacos-cama (sentindo na pele e nos olhos a calma actividade deste vulcão, um “bafo” quente irradiava do solo e o tradicional cheiro a enxofre faziam-se sentir!) para assistir ao nascer-do-Sol e observar um verdadeiro espectáculo proporcionado pela projecção da sombra do Teide numa forma piramidal sobre as terras mais baixas, o mar e as nuvens.
Depois destes belos momentos descemos até ao teleférico, aqui o grupo reduziu-se com duas baixas a seguirem por via aérea até à base. Os restantes elementos tinham outro desafio, a descida pela vertente Sudoeste com passagem pelo Pico Viejo (3117 m), uma bonita e bem definida cratera vulcânica.
Foram quase 5 horas caminhando sobre um solo instável, requerendo uma destreza e equilibro constantes, descendo um desnível de 1500 metros. Mas valeu, pelas paisagens inóspitas e grandiosas, pouco vistas, pois o trajecto na parte inicial estava muito mal definido e a partir do Pico Viejo foi a corta mato, melhor dizendo, a corta pedras até à Boca de Tauce.
Depois ainda houve força para uma visita aos Roques de Garcia, verdadeiros monumentos Naturais que proporcionam uma das imagens mais emblemáticas do Parque Nacional de las Cañadas del Teide.
Com emoção ou sem emoção....Assim nos
é sugerido pelo bugueiro Brasileiro, pelos
areais em que foi rodada a
famosa
Telenovela
Tieta do Agreste
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