segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Politicos sem vergonha

Que há-de ser de nós? - Pedro Santos Guerreiro - Jornal de Negócios Há dez anos Portugal já era o que ainda era. E já havia génio. Inquietação. Vontade contra a moinha. Insatisfação com a insatisfação. E já havia zanga, fúria, urros, hurras. A sensação frequente de que estamos sempre a escrever o mesmo editorial porque nada muda. A alegria rara de que a esperança pode mesmo ser inventada. A constatação final de que dez anos não é nada e foi tanto. Em cinco Governos, apenas um cumpriu a legislatura. Houve maioria absolutas, relativas, coligações, dissoluções, escolhas sem eleições. As retomas nunca chegaram, o défice foi sempre manipulado, a dívida foi sempre escondida, a competitividade foi fraca, a economia foi fraca, a carne foi fraca. Os negócios foram fortes. Privatizações da PT, EDP, Galp, REN, Portucel, ANA. O maior negócio de sempre, a impensável oferta da Sonae para comprar a PT, num ano em que o país pensava que era rico, quando também o BCP quis comprar o BPI, duas OPA hostis falhadas com consequências tão diferentes. A "golden share". A ruína do BCP, assistida por uma CGD infamemente politizada, no caso empresarial mais sujo de que há memória, em que até fotografias íntimas comprometedoras de pessoas envolvidas nos foram propostas (e por nós recusadas). Os assassinatos de carácter com fugas de informação selectivas em violação do segredo de justiça. A vergonha manipuladora das escutas. Espionagem. Os casos de promiscuidade entre empresas e política: o Furacão, o Mensalão, o Face Oculta, o Polvo, o Monte Branco. O escândalo do BPN. Do BPP. As PPP, os swaps, os estádios, as estradas, o aeroporto, o TGV. Mas também a salvação de impérios, como a Jerónimo Martins. O sucesso da Renova, da Bial, da Frulact, do banco Big, da Portucel, da Mota-Engil, da Sovena, da Autoeuropa, de milhares de filiais, de fornecedores de multinacionais, de grandes pequenas empresas desconhecidas. E a intervenção externa. A austeridade. O protectorado. A crise financeira. A crise económica. A crise social. O desemprego. A geração sem respostas, sem propostas, sem apostas, a geração sem nada. A Europa afunda-se em resgates, o euro claudica. Durão mudou de nome para Barroso. Aparece Obama. Esmaece Mandela. O mundo sacode-se, com a revolta de uma larga região do hemisfério sul pobre mas emergente contra outra larga região do hemisfério norte rico mas decadente. O mundo ocidental atolado em dívidas. O mundo oriental a tornar-se potência. Uma demografia explosiva e desequilibrada. Centenas de milhões de seres humanos a sair da pobreza. A exigirem mais do seu sistema político. A circularem livremente em redes sociais. Primavera Árabe. África em crescimento astral. Nestes dez primeiros anos do Negócios como jornal diário os dias foram mais que notícia. Foram um pentagrama de uma era em mudança, com as democracias, o capitalismo, o liberalismo, o sistema financeiro, os equilíbrios mundiais, a Europa em solavanco. É a frustração de ver um país a afundar-se na carência do futuro. É a paixão de noticiar um tempo histórico. Há dez anos Portugal já era Portugal. Há dez anos já íamos todos viver. Já queríamos partir tudo, já queríamos construir tudo, já queríamos desistir, insistir, resistir, amar, desesperar, esperar, não esperar. Perdemos muito. Mas também ganhámos muito na década perdida. Às vezes parece que a história nos desfaz. Mas somos nós quem faz a história. Jornalistas, leitores, incluídos, excluídos, temerários, amotinados, nós somos os escritores da História. "Que há-de ser de nós?", perguntava Sérgio Godinho. A resposta é nossa. Porque mesmo quando a notícia é sobre outras gentes, políticos, empresários, polícias, ladrões, sucessos, fracassos, geografias e povos distantes, a notícia somos sempre nós. iReader

20 years of Ford Mondeo

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Brasil está acordando?

Brasil: Os jovens “entenderam a democracia como um exercício diário” - Mundo - Jornal de Negócios Brasil: Os jovens “entenderam a democracia como um exercício diário” Em plena Copa das Confederações, o Brasil não fala de futebol. Não comenta os golos de Neymar. Não elogia os lances de David Luiz. Ou do avançado Hulk. Não comenta a estratégia de Felipão. Os brasileiros estão nas ruas. Não para comemorar as vitórias da sua equipa mas para dar voz à insatisfação das pessoas. Joseph Blatter não tinha razão quando afirmou que o “futebol é mais importante que insatisfação das pessoas”. Não para este novo Brasil. Para Aneide Santana, residente em Olinda, cidade irmã de Recife, no nordeste do Brasil, os jovens brasileiros “surpreenderam colocando nas ruas reivindicações legítimas de forma suprapartidária”. “Esse é o nó. Para que servem os partidos?”, questiona esta historiadora brasileira, que falou com o Negócios através do Facebook. “Houve um tempo, que já passou, em que se vivia a zona de conforto das respostas quase prontas. O novo formato social exige agora um maior empenho. Mais colaboração. Os partidos políticos, por exemplo, nos seus formatos de décadas já não abrigam todas as respostas e soluções. A tradução da realidade é agora mais plural. E haja ciência para interpretar”, escreve Aneide na sua página no Facebook. O movimento que iniciou os protestos – Movimento Passe Livre – apresenta-se, precisamente, como não sendo filiado em nenhum partido ou instituição. “O MPL é um movimento social independente e horizontal, o que significa que não temos presidentes, dirigentes, chefes ou secretários, todos têm a mesma voz e poder de decisão dentro dos nossos espaços”, pode ler-se no site do movimento. Houve um tempo, que já passou, em que se vivia a zona de conforto das respostas quase prontas. O novo formato social exige agora um maior empenho. Aneide Santana Na verdade, explica Domitila Guarani Kaiowá ao Negócios, “o mais bonito é a rejeição a que partidos políticos coloquem suas bandeiras nas passeatas”. “O movimento é social. Não é partidário.” E como reage o poder político a estes protestos? “Com muito medo”, responde Domitila. Esse medo levou já muitos Estados, incluindo São Paulo (onde tiveram início os protestos) e Rio de Janeiro, a baixarem o preço dos transportes públicos. Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad sofreu mesmo a “sua primeira grande derrota política” ao baixar as tarifas menos de seis horas após ter afirmado que revogar este aumento (decretado no início de Junho) seria uma "decisão de carácter populista". "A coisa mais fácil do mundo é agradar no curto prazo, tomar uma decisão de carácter populista sem explicar para a sociedade as implicações", disse Haddad às 11h30 do dia 19 de Junho. Às 18h00 do mesmo dia, ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, “decreta o fim do aumento visivelmente contrariado” e “muda o discurso”: "É um gesto de aproximação, de manutenção do espírito de democracia, de convívio pacífico", disse, citado pelo site da Folha de São Paulo. Constança Lucas, artista plástica portuguesa radicada em São Paulo há muitos anos, diz que desta vez teve de haver mais diálogo. “Aqui em São Paulo, a cidade tem um prefeito do PT [Partido Trabalhista], e o governo do Estado é do PSDB. Vivem em disputa de poder, mas desta vez tiveram que conversar. O metro é da responsabilidade do Estado e os ônibus e trens são da responsabilidade da prefeitura”. “Nas ruas, no trabalho, nas lojas, no metro, ouvem-se as pessoas comentarem sobre as manifestações sociais e as suas consequências. Era algo impensável até recentemente, a população não tem o hábito de falar de política. Constança Lucas Os filhos rebeldes do Brasil Terá sido também o medo que levou Dilma a procurar Lula para falarem sobre o “filho rebelde”. “Lula e Dilma eram como aqueles pais que se sentem orgulhosos de ver seus filhos saírem da penúria, colocarem a gravata para ingressar na universidade; levarem no bolso o celular e as chaves da moto, e até do carro”, escreve Juan Arias, escritor espanhol e correspondente, no Brasil, do diário espanhol “El País”. Mas os “filhos cresceram, conheceram mais coisas da vida e da política do que os pais. E começaram a fazer perguntas aos pais. E ousaram até fazer perguntas escabrosas. E, o que foi ainda pior, até discordar deles”. “Lula chegou a elogiar o sistema de saúde do Brasil, numa frase que hoje ele preferiria esquecer. Disse que tinha chegado "quase à perfeição", e acrescentou que ‘no Brasil até dava vontade de ficar doente para desfrutar de um hospital’. Os filhos um dia foram a esses hospitais e viram que era melhor estarem saudáveis". "Não sei se vamos saber o que a Dilma e o Lula decidiram fazer ou dizer ao filho que se rebelou e prefere morar na pós-política. Ao filho que para protestar e actuar na sociedade não precisa mais aderir ao sindicato ou ao partido político do pai, ou ir de mãos dadas com ele para se manifestar pelas ruas em contra do patrão. Ele sabe ir só e livremente. 'Não precisamos pertencer a nenhum partido para estar indignados e protestar', podia-se ler no Facebook", escreve Arias. Lula chegou a elogiar o sistema de saúde do Brasil, numa frase que hoje ele preferiria esquecer. Disse que tinha chegado "quase à perfeição", e acrescentou que ‘no Brasil até dava vontade de ficar doente para desfrutar de um hospital’. Os filhos um dia foram a esses hospitais e viram que era melhor estarem saudáveis. Juan Arias, escritor espanhol e correspondente, no Brasil, do diário espanhol “El País” Mas serão estes jovens – que nos últimos dias encheram as ruas de várias cidades brasileiras – capazes de mudar alguma coisa? O que se segue? Aneide Santana chama a atenção que ainda é muito cedo para dizer o que vai mudar mas uma coisa é certa, estes jovens “entenderam a democracia como exercício diário”. “Amigos portugueses não param de me escrever, perguntando o que está acontecendo. Falo que cansámos de tanta roubalheira, tanta corrupção, tantos impostos, tantos serviços públicos de péssima qualidade. Cansámos da inflação, da falta de vergonha, do Pibinho, da péssima administração, da farsa da Copa à custa de gente morrendo pelo chão nos hospitais. Cansámos de tudo. E saímos para as ruas”, diz uma amiga brasileira do jornalista português Márcio Candoso, na sua página no Facebook. Miriam Peter, brasileira “gaúcha” a viver em Portugal há mais de 20 anos, espera “que isto não fique só em páginas de jornais”. “Querem a Dilma fora... O Collor foi corrido pelo povo, vamos ver se a Dilma aguenta...”, diz ainda. Já Constança Lucas “está a torcer” para que nas próximas eleições haja “mais opções de qualidade para votarmos”. “Ultimamente tá difícil escolher”, comenta. E algo está mesmo a mudar. Já não é apenas o preço e a qualidade dos transportes públicos que está em causa. “Nas ruas, no trabalho, nas lojas, no metro, ouvem-se as pessoas comentarem sobre as manifestações sociais e as suas consequências. Era algo impensável até recentemente, a população não tem o hábito de falar de política. Em plena temporada de jogos de futebol, a Copa da Confederações, e nas ruas o tema é política e não futebol, isto é raro e certamente reflecte o cansaço de esperar melhorias mais profundas nas condições sociais, muitas promessas e poucas realizações”, diz Constança Lucas. O que começou por ser uma reivindicação contra o aumento das tarifas dos transportes públicos, é agora um protesto contra a corrupção, a votação da PEC 37 (proposta de emenda constitucional que reduz poder de investigação do Ministério Público) e os gastos públicos excessivos com a Copa do Mundo, Copa das Confederações e Jogos Olímpicos. Os manifestantes defendem também a prisão dos políticos envolvidos no escândalo do Mensalão, conhecidos pelos Mensaleiros. “O mais interessante destes movimentos é que reivindicam melhorias sociais em geral. Começaram por causa do aumento dos transportes em 20 centavos, de 3 reais para 3,20 [o aumento foi do ônibus e do metrô (autocarro e metro)] e a pressão funcionou. Ontem os governantes voltaram atrás e retiraram o aumento dos transportes”, refere Constança, acrescentando que “as reivindicações são diversas. Uma das mais destacadas é a construção de estádios caros e sem infra-estruturas que beneficiem a população após os eventos desportivos”, conta Constança Lucas. Já Domitila Guarani Kaiowá sublinha que o “movimento questiona o facto de terem existido investimentos astronómicos em estádios de futebol para a realização da Copa enquanto os serviços públicos que deveriam garantir o dia-a-dia da população tiveram um claro desinvestimento”. “Temos um quadro social grave de exclusão, de acesso ao mínimo básico para viver com dignidade. As pessoas do sertão, por exemplo, não têm água para beber. Não têm comida”, refere esta brasileira de 30 anos. Apesar dos recuos que já houve em alguns Estados relativamente ao aumento das tarifas e do adiamento da votação da PEC37, para hoje estavam previstas manifestações em mais de 90 cidades do Brasil. “Nós queremos um Brasil melhor, mais feliz, mais cuidado - existe no ar um espírito de solidariedade. São poucos os que se aproveitam das multidões para serem agressivos e provocarem violência”, remata Constança Lucas. iReader iReader Logo

sexta-feira, 22 de março de 2013

Doença arterial coronariana

A doença arterial coronariana é o estreitamento dos pequenos vasos sanguíneos que fornecem sangue e oxigênio ao coração. Ela também é chamada de doença cardíaca coronária. Infarto agudo do miocárdio Um ataque cardíaco ou infarto agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias que abastece o músculo cardíaco é bloqueada. O bloqueio pode ser causado por espasmo da artéria ou por aterosclerose com formação intensa de coágulos. O bloqueio resulta em tecidos danificados e em uma perda permanente da contração dessa região do músculo cardíaco. Nomes alternativos Causas, incidência e fatores de risco O colesterol é um material ceroso como gordura encontrado em todas as partes do corpo. Ele vem de duas fontes: nosso fígado o produz e o consumimos em alguns alimentos A doença cardíaca coronária é geralmente causada por uma enfermidade chamada aterosclerose, que ocorre quando substâncias gordurosas formam um acúmulo de placa nas paredes das artérias. Isso causa o estreitamento das artérias. À medida que as artérias coronárias se estreitam, o fluxo de sangue para o coração pode ser reduzido ou interrompido. Isso pode causar dor no peito (angina estável), falta de ar, ataque cardíaco e outros sintomas, geralmente quando o indivíduo está em atividade. A doença cardíaca coronária (DCC) é a principal causa de mortes nos Estados Unidos, em homens e mulheres. Muitos fatores aumentam os riscos de surgimento de doença cardíaca: Homens na faixa etária dos 40 anos correm mais riscos. No entanto, à medida que as mulheres envelhecem (especialmente ao entrarem na menopausa), os riscos aumentam para elas, quase se igualando aos riscos dos homens. Genes propensos (hereditariedade) podem aumentar seus riscos. Você está propenso a desenvolver a doença se alguém na sua família apresenta um histórico de doença cardíaca -- especialmente, se a doença apareceu antes que a pessoa chegasse aos 50 anos. Seu risco de ter doença arterial coronariana aumenta com a idade O diabetes é um forte fator de risco para a doença cardíaca A hipertensão aumenta os riscos de doença arterial coronária e insuficiência cardíaca Níveis anormais de colesterol: Seu nível de ("mau") colesterol LDL deve ser o mais baixo possível, e seu ("bom") colesterol LDL deve ser o mais alto possível, para reduzir seus riscos de desenvolver doença cardíaca coronária A síndrome metabólica diz respeito a níveis altos de triglicerídeos, pressão alta, excesso de gordura na linha da cintura e níveis elevados de insulina. Os indivíduos que apresentam esse conjunto de problemas têm mais chances de desenvolver doença cardíaca (cardiopatia) Fumantes também correm riscos mais altos de terem doença cardíaca, se comparados aos não fumantes Doenças renais crônicas podem aumentar seus riscos A presença de aterosclerose e endurecimento das artérias em outra parte do corpo (por exemplo: Acidente Vascular Cerebral (AVC) e aneurisma da aorta abdominal) aumenta seus riscos de ter doença cardíaca coronária. Outros fatores de risco incluem o abuso do álcool, a falta de exercícios e o acúmulo de estresse Níveis anormais de substâncias relacionadas à inflamação, como a proteína C-reativa e o fibrinogênio, estão sendo pesquisados como possíveis indicadores de um risco mais elevado de cardiopatia. Níveis elevados de uma substância química chamada homocisteína, um aminoácido, também estão relacionados a um risco maior de ataque cardíaco. Sintomas Os sintomas podem ser bastante evidentes, mas, em alguns casos, você pode ter a doença e não apresentar nenhum sintoma. Dor no peito ou desconforto (angina) é o sintoma mais comum. Você sente essa dor quando o coração não está recebendo sangue ou oxigênio suficientes. O grau da dor varia em cada pessoa. Ela pode ser intensa ou semelhante a alguém esmagando seu coração. Essa dor é sentida abaixo do osso do tórax (esterno), e também no pescoço, nos braços, na barriga e na parte superior das costas Ela geralmente ocorre durante uma atividade ou momento de emoção e desaparece quando o indivíduo descansa ou toma um remédio chamado nitroglicerina Outros sintomas incluem falta de ar e fadiga quando o indivíduo realiza atividades (esforço) Mulheres, idosos e indivíduos com diabetes são mais propensos a apresentar sintomas além da dor no peito, como: Fadiga Falta de ar Fraqueza Consulte: Insuficiência cardíaca e seus sintomas. Exames e testes Muitos exames ajudam a diagnosticar a doença cardíaca coronária. Geralmente, o médico solicita mais de um exame para teste, para obter um diagnóstico definitivo. Os testes incluem: Angiografia/arteriografia coronária -- um procedimento invasivo que avalia as artérias coronárias em raios x Angiografia por tomografia computadorizada -- uma maneira não invasiva de realizar a angiografia coronária Ecocardiograma Eletrocardiograma (ECG) Tomografia computadorizada por feixe de elétrons, para verificar o nível de cálcio no interior das artérias -- quanto mais cálcio, maior o risco de DCC Teste de esforço físico Angiografia por ressonância magnética Exame nuclear Tratamento O médico poderá prescrever um ou mais remédios para tratar a pressão arterial, o diabetes ou níveis altos de colesterol. Siga com atenção as recomendações do médico, para evitar uma piora do quadro de doença arterial coronariana. Os objetivos do tratamento dessas doenças em pacientes com doença arterial coronária: Pressão arterial inferior ou igual a 140/90 (ou menos, para alguns pacientes com diabetes, doença renal ou insuficiência cardíaca) Níveis de hemoglobina glicosilada (HbA1c) inferiores ou iguais a 7% Nível de colesterol LDL inferior ou igual a 100 mg/dL (ou menos, para alguns pacientes) O tratamento depende dos seus sintomas e da gravidade da doença. O médico poderá prescrever um ou mais remédios para tratar essa doença, incluindo: Inibidores da ECA (enzima conversora da angiotensina) para baixar a pressão arterial e proteger seu coração e seus rins Ácido Acetilsalicílico, com ou sem clopidogrel ou prasugrel para prevenir a formação de coágulos nas artérias e reduzir o risco de um ataque cardíaco. Pergunte ao médico se você deve tomar esses remédios Betabloqueadores para reduzir os batimentos cardíacos, baixar a pressão arterial e o consumo de oxigênio pelo coração. Esses medicamentos reduzem os riscos de arritmias e aumentam a probabilidade de sobrevivência após um ataque cardíaco ou insuficiência cardíaca Os bloqueadores de canais de cálcio relaxam as artérias, baixam a pressão arterial e reduzem a tensão no coração Diuréticos para baixar a pressão e tratar a insuficiência cardíaca congestiva Nitratos (como a nitroglicerina) para aliviar a dor no peito e melhorar o fluxo de sangue para o coração Estatinas para reduzir o colesterol NUNCA INTERROMPA REPENTINAMENTE O USO DE NENHUM DESSES MEDICAMENTOS. Fale sempre com seu médico primeiro. A interrupção repentina desses medicamentos pode piorar a angina ou causar um ataque cardíaco. Os procedimentos e cirurgias utilizados para tratar a doença cardíaca coronária incluem: Angioplastia e colocação de stent, chamada de intervenção coronariana percutânea (ICP) Ponte de safena Cirurgia cardíaca minimamente invasiva Mudanças no estilo de vida são muito importantes. O médico poderá recomendar que você: Evite ou reduza a quantidade de sal (sódio) na comida Siga uma dieta saudável para o coração -- pobre em gorduras saturadas, colesterol e gorduras trans Pratique exercícios regularmente e mantenha um peso saudável Mantenha o açúcar no sangue sob rígido controle se for diabético Pare de fumar Evolução (prognóstico) Cada paciente se recupera de forma diferente. Alguns indivíduos são capazes de manter uma vida saudável mudando a dieta alimentar, parando de fumar e tomando os medicamentos exatamente como o médico recomenda. Outros podem recorrer a procedimentos médicos como a angioplastia ou cirurgias. Mesmo que cada pessoa reaja de forma diferente, uma detecção precoce da doença cardíaca coronária geralmente resulta em um resultado mais positivo. Complicações Ataque cardíaco Insuficiência cardíaca Angina instável Morte súbita Ligando para o médico Se você apresenta algum dos fatores de risco, procure um médico para conversar sobre a prevenção e os possíveis tratamentos. Procure um médico imediatamente, ligue para um serviço de emergência (como 192) ou procure um atendimento de emergência, se você apresentar: Angina Falta de ar Sintomas de um ataque cardíaco Prevenção Dicas para evitar a doença cardíaca coronária ou diminuir os riscos de desenvolver a doença: Evite ou reduza o estresse o máximo que puder Não fume Faça refeições balanceadas, com pouca gordura e colesterol, e inclua várias porções diárias de frutas e vegetais Pratique exercícios regularmente. Se seu peso for cibestiver na média, faça, pelo menos, 30 minutos de exercícios diariamente. Se você estiver acima do peso ou obeso, especialistas recomendam a prática de 60 a 90 minutos de exercícios diários Mantenha sua pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg, caso tenha diabetes ou doença renal crônica; caso contrário, mantenha abaixo de 140/90 Mantenha o colesterol e o açúcar no seu sangue sob controle O consumo moderado de álcool (um copo por dia para mulheres e dois para homens) pode reduzir o risco de desenvolver problemas cardiovasculares. No entanto, beber em excesso causa mais danos do que benefícios. Se você apresenta um ou mais fatores de riscos para doença cardíaca coronária, procure um médico para conversar sobre a possibilidade de tomar um comprimido de ácido acetilsalicílico por dia, para ajudar na prevenção de um ataque cardíaco ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). O médico poderá lhe recomendar a terapia com o ácido acetilsalicílico em baixa dose, se os efeitos benéficos compensarem o risco de efeitos colaterais gastrointestinais. As novas diretrizes não recomendam mais a terapia de reposição hormonal, vitaminas E ou C, antioxidantes ou ácido fólico para prevenir a doença cardíaca. O uso da terapia de reposição hormonal em mulheres que estão chegando à menopausa ou que já passaram da menopausa, atualmente, é controverso